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terça-feira, 10 de maio de 2011

História de Virupa.htm(muito interessante!).





 
 
A VIDA DE MAHASIDDHA VIRUPA

 
 
 
  

A VIDA DE MAHASIDDHA VIRUPA

Lama Choedak Yuthok

 


 
 
 
 

   Virupa nasceu príncipe herdeiro, filho do Rei Suvarnachakra (gser-gyi 'khor-lo) da cidade de Venasa, no leste da Índia. No seu nascimento, os astrólogos da corte predisseram que ele iria desenvolver imensos poderes espirituais e iluminar os ensinamentos. Foi-lhe dado o nome de Rupyachakra (dngul-gyi 'khor-lo). Com tenra idade, ele entrou no famoso mosteiro de Somapura no Norte de Bengal, onde recebeu ordenação de noviço do abade Vinitadeva e o Acharya Jayakirti. Ele formou-se nas cinco principais ciências e tornou-se num erudito tanto em doutrinas Budistas como não-Budistas. Foi aqui que ele erigiu um templo de pedra no qual pôs imagens sagradas de Buda. Ele estabeleceu a tradição de fazerem-se oferendas regulares para purificar as acções negativas dos seus falecidos pais. Quando o templo ficou acabado, ele ofereceu a grande festa de celebração à totalidade da comunidade monástica e dedicou os méritos. 

   Tendo concluído os seus estudos aí, ele partiu para Nalanda, onde o Dharma estava firmemente estabelecido. Lá ele recebeu a ordenação de Bhiku do abade Dharmamitra, também conhecido como Jayadeva da Universidade de Nalanda. Foi-lhe dado o nome de Shri Dharmapala. Ele continuou os seus estudos sob a tutela do seu abade que, estando muito satisfeito consigo, lhe deu muitos ensinamentos pri
vados sobre as práticas do Vajrayana em geral e sobre o Tantra Chakrasamvara em particular. O abade deixou instruções no seu testamento de que Shri Dharmapala deveria ser nomeado seu sucessor, e pediu aos oficiais do mosteiro que lhe mostrassem igual respeito e honra. Dharmapala foi então nomeado abade de Nalanda. Ele supervisionou a grandiosa cerimónia do funeral do seu predecessor e tomou providências para que a totalidade dos restos mortais do abade fossem transformados em relíquias que ele distribuiu cuidadosamente entre os vários reis, patronos e monges. 

     Dharmapala praticou Chakrasamvara diligentemente todas as noites de acordo com as instruções secretas que recebera do seu abade. Os seus dias eram dedicados ao ensino e à composição. Apesar de ele dar ensinamentos tanto sobre textos Theravadin e Mahayana, ele dedicava a maior parte do seu próprio tempo e energia às práticas esotéricas do Vajrayana. Ele continuou a prática do Chakrasamvara com entusiasmo ano após ano. Porém, aos setenta anos, apesar de tantos anos de prática com fé, Dharmapala ainda não tinha experimentado quaisquer sinais de realização espiritual. Ele teve também que lutar com as suas velhas doenças que perturbavam o seu corpo e a sua mente. Ele estava entristecido e assustado com o constante mal causado por Yakshas e por maus espíritos. Para acrescentar ao seu estado geral de desencorajamento e frustração, ele estava a ter os mais assustadores pesadelos. Num desses sonhos, ele viu uma fogueira enorme a arder no parte mais baixa dum vale e uma inundação na parte mais alta do vale. Ele viu tempestades de granizo, glaciares, cones de gelo e icebergs caindo do céu. Ele viu o seu Guru, Yidam e amigos espirituais pendurados de cabeça para baixo, ou com as suas caras destroçadas, sem narizes, olhos fora das órbitas e com sangue a pingar. 

     Não foi surpresa que Dharmapala tivesse interpretado esses sonhos como maus presságios. Ele concluiu que de certeza lhe faltava a ligação kármica para atingir a realização através do caminho do Vajrayana nessa vida. Ele decidiu abandonar por completo as suas práticas de Vajrayana. Assim, na noite do vigésimo segundo dia do quarto mês lunar, ele desistiu da sua prática de Yoga da Deidade, e deitou as suas contas de rezar na latrina. 

   Esses sonhos eram afinal indicativos de que Dharmapala estava quase a atingir a maior realização espiritual através das suas práticas Tântricas. Mas ele não tinha maneira de saber isso na altura, por isso ele interpretou mal os sinais. Ele não sabia que já tinha adquirido mestria no Caminho de Acumulação, no Caminho de Preparação, e estava quase a atingir o Caminho de Ver. Nessa altura a sua energia vital e a sua mente tinham mergulhado nas sílabas ksa e ma abaixo do Chakra do Umbigo. Isto causou o simbolismo que pareceu tão assustador nos seus sonhos. Ele também não soube reconhecer os sinais daquilo que lhe sucedia porque o seu abade falecera antes de lhe transmitir a totalidade das instruções essenciais. Estas teriam explicado as mudanças drásticas ocorridas no fluir da energia subtil no seu corpo psíquico e clarificado a experiência onírica. 

     Shri Dharmapala decidiu que, a partir desse momento, iria dedicar a totalidade do seu tempo ao ensino, à escrita e a outros deveres para com a Sangha (comunidade monástica) em vez de passar muitas horas do dia na prática da meditação do Yoga da Deidade. Porém, naquela mesma noite, ele sonhou que a Deusa Nairatmya apareceu perante si sob a forma de uma linda mulher azul, com vestidos celestiais de seda, e lhe falou assim:  ''Oh nobre filho, não é bom que te comportes desta maneira quando estás quase a atingir o Siddhi. Apesar de todos os Budas terem compaixão não-discriminatória, sou a deidade com quem tu tens fortes afinidades kármicas e abençoar-te-ei a fim de que atinjas o Siddhi rapidamente. Vai e recolhe as tuas contas de rezar, lava-las em água perfumada, confessa os teus actos negativos e retoma a tua prática como deve ser.''. 

   Então ela desapareceu. Dharmapala acordou sentido uma mistura de pesar e de alegria. Ele seguiu as instruções que recebera, retomando a sua prática nessa mesma manhã cedo. Subsequentemente, o Mandala do aspecto Nirmanakaya das Quinze Deusas de Nairatmya apareceu perante si e deu-lhe as quatro iniciações completas. Ele atingiu de imediato o Caminho de Ver do Primeiro Bhumi. Ele percebeu agora o verdadeiro significado dos seus sonhos. Os sonhos grosseiros e visões de Yaksas eram a manifestação interdependente da sua mente e das energias vitais que mergulhavam nas sílabas ksa e ma abaixo do Chakra do umbigo. Isto era causado pelo desfazer dos nós das veias que fizeram acontecer o Primeiro Mergulhar dos Elementos e sinais das energias vitais do calor Candali. As experiências não-convencionais que apareceram na sua mente conceptual resultaram do processo de readaptação entre as veias e a mente. Como sinal do Mergulhar dos Elementos intermédio, as chamas do fogo Candali ascendem e provocam a subida do néctar da Bodhicitta. Esta manifestação interdependente de acontecimentos internos seria experimentado conceptualmente pelo Yogi como as chamas do fogo na parte mais baixa do vale e a inundação que ocorria na parte mais elevada do vale. A circulação vigorosa das gotículas subtis em muitas veias menores reflectiu-se nos sonhos com tempestades de granizo, e com icebergs caindo do céu. O Terceiro e Último Mergulhar revelaram a face nua da sabedoria transcendental perfeita, tendo como efeito dissolver todo o apego às aparências vulgares. Estas manifestações interdependentes reflectiram-se nos seus sonhos como as faces rasgadas do seu Guru e das Yidams. Ele percebeu então que todos aqueles sinais foram experiências meditativas directamente relacionadas com as três etapas do mergulhar dos elementos subtis dentro do seu corpo. 

   Através do aparecimento oportuno e orientação de Vajranairatmya, Shri Dharmapala atingiu finalmente a realização. Daí em diante, ele atingiu a cada dia um Bhumi mais alto, até que, na manhã cedo do vigésimo nono dia do mesmo mês lunar, ele atingiu o Sexto Bhumi. Ele era agora um grande Bodhisattva vivendo no Sexto Bhumi. O ter recebido as quatro iniciações completas confirmaram que, o contínuo fluir das iniciações não tinha cessado. O atingir dos seis Bhumis era a confirmação que a linhagem das bênçãos era ininterrupta. A sua falha em reconhecer sinais prévios de realização e o seu erro na interpretação desses sinais como maus presságios confirmaram que ele não havia recebido certas instruções essenciais. Isto permitiu-lhe perceber que a ordem das instruções não estava errada. Em consequência, a devoção de Dharmapala aos ensinamentos foi restabelecida e redobrada. Ele tornou-se confiante de que iria definitivamente atingir a realização de Aquele que Atingiu a Iluminação Completa, como fez Buda. Assim ele foi abençoado com as Quatro Linhagens Sussurradas que ficaram conhecidas como 'Instruções das Quatro Linhagens Sussurradas'. 

     Pela gratidão ao seu Guru e Yidams, Shri Dharmapala pediu a seus companheiros que preparassem a festa de oferendas Ganachakra. Carne e vinho foram incluídos entre as substâncias requeridas para as oferendas. Os outros monges tornaram-se apreensivos quando viram a carne e o álcool sendo levados para os aposentos do seu abade. Alguns deles espreitaram pela porta à noite. Dependendo do grau de pureza ou de impureza das suas mentes, cada um deles viu coisas diferentes que aconteciam no seu próprio quarto. Alguns viram o abade rodeado por quinze mulheres, outros só viram oito. Alguns viram-no rodeado por quinze lamparinas, enquanto que outros só puderam ver oito. Estas visões nocturnas levantaram suspeitas consideráveis dentro da comunidade monástica. Todavia, os monges não se atreveram a falar, uma vez que se tratava do seu abade, e a sua reputação fora do mosteiro não era apenas imaculada, mas brilhante, como o sol. 

     Entretanto, Shri Dharmapala tinha já decidido que, a fim de evitar qualquer possibilidade de menosprezo em relação à doutrina que pudesse advir da má interpretação do seu comportamento, iria sem delonga confessar a sua fraqueza. Assim ele saiu do seu quarto e pôs-se à frente de uma imagem de Buda. Tirando as suas vestes de Dharma e pondo no chão a sua tigela de pedir, ele declarou, ''Ame Virupa'' que significa ''Sou mau''. A seguir ele saiu e adornou a sua cabeça com flores e folhas que ele tirou dos floristas. Ele tirou nabos das lojas que vendiam vegetais, enfiando alguns na sua boca e outros debaixo dos braços. Ele começou a frequentar bares e bordéis. O seu comportamento causou escândalo e não demorou para que o gong monástico soasse, assinalando o seu despedimento do mosteiro por violação do código de conduta. Virupa respondeu cantando alegremente. 

   Com o objectivo de beneficiar o Dharma de Buda e também para reacender a fé daqueles que perderam a sua fé nele, ele admitiu que era mau. Após a sua demissão ele adoptou o nome de Virupa. Ele tornou-se muito famoso com esse nome e o seu nome de ordenação ''Dharmapala'' foi virtualmente esquecido. É por essa razão que, à excepção dos historiadores da tradição Sakyapa, poucos eruditos e historiadores sabem que foi o famoso abade Dharmapala que mais tarde se tornou Virupa. 

     Virupa partiu para Varanasi. Quando ele chegou ao rio Ganges, ele disse as seguintes palavras. ''Eu sou mau, por isso deixem-me passar sem vos tocar, porque vocês são considerados puros. Não quero conspurcar-vos.'' 

     Enquanto falava, as águas do Ganges abriram-se e, perante ele, apareceu um caminho branco e seco. Ele seguiu pelo caminho cantando com alegria. Alguns monges tinham-no seguido até ao rio. Quando viram esse feito extraordinário, compreenderam que Virupa já tinha atingido os siddhis. Eles pediram perdão ao abade que fora despedido e solicitaram-lhe que regressasse ao mosteiro. Virupa perdoou-lhes, mas declinou regressar. 

   Virupa errou pelas florestas de Varanasi por longo tempo. Algumas fontes dizem que isto durou seis anos, outros referem seis meses. Pela sua nudez, a sua pele adquiriu um tom azulado e tornou-se assustador olhar para ele. Os camponeses que o viram relataram a sua presença ao rei. Alguns pensaram que ele era um Yogi Hindu, enquanto outros suspeitavam que ele fosse um Yogi  Budista. O rei de Varanasi, Govindachandala foi um devoto leal e patrono de Yogis Hindus. Ele queria oferecer conforto ao caminhante, assim se provasse que ele era Hindu, mas temia que o homem pudesse causar danos aos seus cidadãos se se tratasse de um Budista. Assim, ele ordenou aos seus ministros que investigassem o Yogi. Todavia, os ministros não encontraram nenhuma  pista quanto à sua identidade. O rei ordenou então que esse misterioso Yogi fosse trazido ao palácio para que ele o pudesse examinar pessoalmente. Pelo caminho, Virupa devorou indiscriminadamente muitos vermes, pombos e borboletas que a seguir vomitou e todos esses animais ressuscitaram. Virupa foi finalmente trazido à presença do rei. O rei fez-lhe muitas perguntas, mas Virupa não disse sequer uma palavra. Então o rei disse: ''Uma vez que este Yogi não tem nem as qualidades de Vishnu, nem notáveis sinais de um Yogi Hindu, ponham correntes nos seus membros e deitem-no ao rio. Ele deve ser um Yogi Budista.'' 

   Os ministros deitaram Virupa ao rio exactamente como o rei ordenara. Porém, antes do regresso dos ministros, o mágico Virupa já tinha reaparecido e estava em pé perante o rei. Este processo repetiu-se muitas vezes até que finalmente o rei se convenceu que o Yogi conhecia uma fórmula mágica para controlar o elemento água. O rei ordenou a todos os talhantes da cidade que apunhalassem o Yogi. Mas as suas facas e machados ficaram rombos como se eles estivessem a bater em rochas e nem o mais pequeno ferimento foi infligido. A seguir os homens do rei cavaram um fosso. Enterraram Virupa e despejaram ferro e bronze derretidos sobre o seu corpo. Despejaram terra por cima de tudo isso e deixaram que muitos elefantes caminhassem sobre o local. Mesmo depois disso, ele apareceu incólume perante o rei. Neste ponto, o rei desenvolveu uma grande fé no poder espiritual de Virupa e confessou os seus pecados. Subsequentemente Virupa converteu todos os cidadãos de Varanasi ao caminho Vajrayana. 

  Após isso, ele partiu para o sul a fim de subjugar Bhimesara. Pelo caminho ele pediu a um barqueiro que o levasse para a outra margem do Ganges. O homem declinou fazê-lo, a não ser que Virupa lhe pagasse. Virupa disse ao barqueiro que lhe daria aquilo que o fizesse feliz. Perguntou ao barqueiro, ''Queres que este rio seja grande ou pequeno?'' ''Às vezes gosto deste rio grande, outras vezes gosto dele pequeno'', respondeu o barqueiro. Prometendo dar-lhe o rio como pagamento, Virupa inverteu o curso do Ganges apontando para o rio com um gesto ameaçador. O rio quase inundou casas e campos das proximidades. Os habitantes ficaram com medo que as suas propriedades pudessem ser destruídas. Sabendo que isso se devia ao poder do Yogi, o Rei Calabhadra e os habitantes da vila solicitaram a Virupa que devolvesse a água ao seu leito normal. Ofereceram-lhe toda a espécie de presentes para que ele mudasse de ideias, incluindo ouro, prata, gado, grão e flores. Em resposta, Virupa rompeu a cantar. Com o estalar de dedos, ele devolveu o rio ao seu leito normal e deu todos os presentes que recebeu ao barqueiro. O homem recusou os presentes. Em vez disso, o barqueiro tocou nos pés de Virupa e pediu-lhe que o aceitasse como discípulo. Diz-se que o barqueiro, que mais tarde foi conhecido como Dombi Heruka, foi o discípulo afortunado com o Karma convenientemente amadurecido para a libertação através do ''caminho súbito''. Virupa aceitou o barqueiro como seu pupilo e os dois rumaram ao sul, deixando os habitantes da vila a recolherem as ofertas abandonadas. 

   O par chegou a Daksinipata, perto de Bhimesara, e entraram na casa de uma vendedora de vinho que se chamava Kamarupasiddhi. Eles pediram-lhe algum vinho e a vendedora de vinho respondeu perguntando se eles podiam pagar pelo vinho. Virupa replicou, ''Serve-me até eu ficar satisfeito, que pagarei aquilo que quiseres''. A vendedora, que era muito desconfiada, perguntou, ''Mas quando me pagarão?'' Virupa fez uma linha no chão com a sua adaga e disse: ''Pagarei a conta quando a sombra desta casa chegar a esta linha.'' A vendedora serviu os dois homens, mas Virupa serviu-se dos seus poderes mágicos para impedir que a 'estrela diurna' percorresse a sua trajectória habitual. Pediu mais e mais vinho e bebeu até não haver mais vinho na taberna. Muito tempo se passou mas a sombra da casa não se aproximava da linha. A taberneira foi obrigada a importar vinho de tabernas de dezoito grandes cidades para cumprir a sua parte no negócio. 

   Para a surpresa de todos os taberneiros, Virupa bebeu mais de quinhentas cargas de elefantes de vinho sem dar mostras de que a sua sede estava mitigada. Entretanto, a cidade de Daksinipata era perturbada pela contínua luz do dia e toda a gente perdeu a noção do tempo. Todos os habitantes da vila estava exaustos, as colheitas secavam nos campos, lagos e rios diminuíam de tamanho, e ninguém tinha qualquer ideia da sucessão dos acontecimentos. Sem saber dos poderes mágicos de Virupa, o rei ordenou aos seus ministros que investigassem o que tinha parado o sol. Quando ele descobriu que tudo isso se devia ao poder do Yogi, o rei pediu a Virupa para deixar que o sol retomasse a sua trajectória. Finalmente Virupa assentiu, na condição de que o rei concordasse em pagar a sua conta. Então ele libertou o sol. Era então meia-noite do terceiro dia depois de ele ter parado o sol. 

   Virupa foi conhecido como aquele que não só dividiu as águas do Ganges por duas vezes como também parou o sol do seu trajecto por três dias. A sua fama espalhou-se por todo o lado. Entretanto ele continuou a sua viagem para subjugar Bhimesara no sul e para encontrar Khrishnacarin, um futuro discípulo de quem se diz ser o candidato certo para o 'caminho gradual'. Bhimesara era governada por um rei Hindu chamado Narapati que era devoto de quinhentos Yogis de cabelo entrançado. Eles adoravam uma enorme Shivalinga e uma imagem de Mahadeva que foram instaladas pelo rei anterior que se chamava Bhayasena. Eles sacrificavam milhares de búfalos e cabras todos os anos. Virupa chegou-se a eles e escreveu muitos textos laudatórios a Shivalinga em Sânscrito. O rei ficou muito impressionado com este erudito. Pediu-lhe que se tornasse o chefe dos quinhentos Yogis, oferta que Virupa achou difícil recusar. 

   Durante as cerimónias regulares de adoração, os Yogis curvavam-se perante a imagem de Mahadeva e faziam oferendas de flores. Enquanto isso se passava, Virupa costumava tirar um volume do texto de Prajnaparamita que guardava escondido no seu cabelo, e prestava-lhe homenagem. Nunca se inclinava perante a imagem de Mahadeva. Os Yogis tornaram-se desconfiados e relataram este comportamento ao rei. Em vez de prestar atenção às suas alegações, o rei acusou os Yogis de inveja. "Ele é um grande erudito e o professor dos Vedas. É impossível que um homem assim não preste homenagem a Mahadeva, o rei de todos os deuses. Vocês devem estar com inveja dele." respondeu o rei. Porém os Yogis continuaram a relatar o comportamento de Virupa, até que o rei decidiu observar por si a verdade, indo assistir a essas cerimónias pessoalmente. Quando isso aconteceu, Virupa prestou a sua homenagem ao texto de Prajnaparamita como habitualmente. O rei estava admirado. Dirigiu-se a Virupa dizendo: "Porque não te curvas perante a imagem de Mahadeva?''. 

   ''Porquê o faria?'' respondeu Virupa. ''Ele não pode suportar a minha homenagem.'' O rei disse então, ''Não existe nada mais poderoso que ele em todo o reino do desejo. Porque dizes que ele não pode suportar a tua homenagem? Tens que mostrar-lhe respeito.'' ''Como não tenho escolha e tenho que fazer o que o rei pecador me ordena, tens que perdoar-me,'' disse Virupa para a imagem. Logo que ele juntou as mãos para prestar homenagem e disse, ''Namo Buddhaya'' (Presto homenagem ao Buda), um terço da imagem gigantesca caiu aos bocados. Quando ele disse, ''Namo Dharmaya'' (Presto homenagem ao Dharma), dois terços da imagem caíram e quando ele disse ''Namo Sanghaya'' (Presto homenagem à Sangha), toda a imagem se desfez em bocados e caiu no chão. 

   O rei estava chocado. Com um misto de medo e de fé, o rei pediu a Virupa que reconstruísse a estátua. Virupa reconstruiu de imediato a imagem e pôs em cima dela uma imagem de pedra negra do Grande Compassivo, Avalokiteshvara. Virupa disse então para o rei, ''A estátua ficará intacta enquanto ninguém mexer na imagem de Mahakarunika. Se alguém tirar esta estátua, a outra far-se-á em bocados instantaneamente.'' Então ele foi-se embora. Entre os quinhentos Yogis havia um que não estava satisfeito com o comportamento dos Tirthikas (heréticos). Tendo testemunhado as qualidades maravilhosas de Virupa, ele desenvolveu uma profunda devoção por Virupa e tornou-se o seu discípulo. Tratava-se de Krishnacharin de Leste que, apesar de nunca antes ter seguido o Dharma de Buda, agora decidira entrar na via. 

   Virupa e os seus dois discípulos prosseguiram para o sul, para o distrito governado por Bhramins devotos. Chegaram a um local onde havia uma enorme imagem de Shiva, que tinha de altura cento e vinte pés. Ela fora construída pelo rei Jomgi. Era conhecida por 'Tambrapratima'. Ela tinha três faces, seis mãos e era feita de bronze. Este lugar sagrado atraía centenas de devotos que sacrificavam milhares de animais para as oferendas de carne e de sangue. À medida que o trio abria caminho na multidão na cerimónia de adoração, ouviu-se alguém dizer: ''Não há lugar para vós lá dentro. Esperem cá fora e nós dar-vos-emos a vossa parte do banquete.'' Ignorando isso, Virupa forçou a entrada e ordenou, ''Se não há mais espaço, és tu quem tem que sair deste lugar.'' Assim dizendo, deu um pontapé na estátua. A imagem seguiu-o, dando sete passos vacilantes para fora do lugar sagrado antes de cair com a cara no chão. Os terríveis devotos pediram então a Virupa que não levasse a imagem mas a deixasse estar. Virupa ameaçou levá-la caso eles não desistissem de sacrificar animais. Ele disse que deixaria a estátua aí ficar na condição de eles prometerem fazer apenas oferendas vegetarianas no futuro, e se fizessem o voto de não mais sacrificarem animais. Os devotos concordaram, e fizeram o voto como Virupa ordenara. 

   Desta forma, todos os que ouviram o nome de Virupa puseram uma imagem Budista sobre as suas imagens Hindus, com medo que Virupa viesse e destruísse as suas imagens. O próprio nome de Virupa, Baleshvara, o Senhor do Poder ou Yogeshvara, Senhor dos Yogis, trouxe grande benefício a um número ilimitado de seres. Quando Virupa via uma imagem da Deusa Tara posta sobre uma imagem Hindu, ele circumambulava a imagem que movia o seu rosto na sua direcção, à medida que ele caminhava. Isto tornou-se conhecido como 'A Imagem de Tara que Volta o Rosto'. 

Subjugação da Deusa Chandika


   Virupa e os seus companheiros continuaram viajando para o sul. Chegaram a um lugar onde existia uma imagem de aparecimento espontâneo da Deusa Chandika, chamado Sahajadevi que era adorada por muitas Yoginis Hindus. Este lugar sagrado tinha uma Trishula (uma faca ritual de três pontas) que, por sua vontade, sem intervenção humana, furava através do pescoço dos peregrinos, matando-os assim que eles entravam no altar. As Yoginis faziam então oferendas de carne e de sangue à imagem. Virupa soube disso e veio com o objectivo de subjugá-la. Deu instruções aos seus dois companheiros para ficarem do lado de fora e praticarem uma meditação respiratória especial. As Yoginis ficaram deleitadas por verem Virupa e pediram-lhe que trouxesse os seus dois companheiros para dentro consigo. Virupa disse que eles podiam entrar, se assim o entendessem. As Yoginis foram pedir a ambos que entrassem, mas nenhum deles respondeu. As Yoginis sentiram os estômagos dos dois discípulos em meditação. Excrementos emergiram de onde elas tocaram. As Yoginis concluíram que eles estavam mortos e em putrefacção, por isso deixaram-nos sossegados. Virupa tinha visto as facas Trishula prontas para a matança e moveu-se rapidamente quando entrou no altar. Ele bateu palmas e as facas transformaram-se em pó instantaneamente. De imediato a imagem começou a saltar em direcção dos seus ombros. Todas as Yoginis começaram a vomitar sangue e a desmaiar à medida que viam esta inesperada tragédia acontecer ao seu deus. ''Não é suposto que vós, Budistas, sejam amáveis e compassivos para outros seres com vida? Por favor não nos faça isto'', disseram as Yoginis quando recuperam. ''É por compaixão que faço isto'', respondeu Virupa. 

   Ele pôs uma pequena stupa votiva sobre a imagem e admitiu todas as Yoginis na prática do Dharma de Buda. Nesse momento, o barqueiro Dombi Heruka, que estava na companhia de Virupa desde a segunda vez que Virupa dividiu as águas do Ganges foi abençoado atingindo a realização de Bodhisattva no grau do Sexto Bhumi. Virupa enviou-o para a província de Rada, no leste da Índia, a fim de subjugar um mau rei Hindu de nome Dehara, que tinha um palácio chamado Kangkana. Montado num tigre-fêmea prenhe e brandindo rédea e chicote feitos de cobra mortalmente venenosa, Mahasiddha Dombi Heruka subjugou o rei e os seus súbditos. Todos eles foram admitidos no caminho do Vajrayana. 

   Entretanto, Virupa e Krishnacharin viajaram para Devikota no sudeste da Índia onde Upasaka de nome ''Pernas de Ferro'', por vezes identificado como o professor de Acharya Maitreyagupta, tinha uma imagem de Khasarpani que ele tinha importado do reino de Potala. Virupa prestou homenagem a Khasarpani e fez uma oferenda de todas as actividades nas quais ele estivera envolvido desde o tempo da sua ordenação até à derrota de Sahajadevi. O Grande Compassivo disse: ''Oh! Nobre filho! Tu tens poderes mágicos até para reduzir a pó o Monte Sumeru. Todavia existem variedades de seres sencientes cujas propensões kármicas são inconcebíveis, por isso tu deves cultivas uma grande compaixão para com os Tirthikas em vez de os assustares.'' 

   Virupa respondeu, dizendo, ''Há um lugar chamado Sovanatha no oeste onde milhares de animais são sacrificados anualmente. Tenho que lá ir de imediato para subjugar. Depois farei aquilo que o Grande Compassivo ordenou.'' O Grande Compassivo avisou Virupa para subjugá-los sem força, utilizando os meios hábeis. Enquanto Virupa e Krishnacharin viajavam em direcção a oeste para subjugar Sovanatha, o deus descobriu a intenção de Virupa através da sua clarividência contaminada. Sovanatha disfarçou-se de um puro Brahmin e, quando encontrou os dois viajantes na estrada, perguntou-lhes, ciente da resposta, ''Para onde vão estes dois Yogis?'' ''Nós vamos subjugar Sovanatha,'' respondeu Virupa também sabendo o que se iria seguir. ''Se são Budistas amáveis e compassivos, porquê têm que subjugá-lo?'' perguntou Sovanatha disfarçado. ''Essa é exactamente a razão pela qual temos que subjugá-lo'', respondeu Virupa. ''Ele não está lá agora. Ele foi para Purvavideha, o continente de este,'' avisou Sovanatha. "Também lá irei, porque tenho que subjugá-lo, haja o que houver. Para onde quer que ele tenha ido, seja para um dos quatro continentes, ou para os reinos dos Brahmas, tenho que lá ir e subjugá-lo,'' disse Virupa. Ao ouvir estas palavras, Sovanatha sentiu medo e admitiu, ''Sou Sovanatha.'' Ele revelou a sua manifestação vulgar e pediu a Virupa que não o subjugasse pela força. Virupa respondeu, ''Nesse caso, tens que estabelecer comunidades de Sangha e construir mosteiros Budistas. No topo das suas portas, desenha a minha imagem e faz oferendas com regularidade. Podes primeiro fazer oferendas de farinha de arroz e de comida vegetariana às Três Jóias, a seguir a mim, e finalmente para ti, se sobrar alguma coisa. Se abandonares o sacrifício de animais e as substituíres pelas oferendas que eu descrevi, deixarei que lá fiques. Se não o fizeres, reduzirei tudo a pó''. 

     Sovanatha, feliz, prometeu solenemente fazer todas essas coisas. Ele pediu a Virupa que ficasse no mundo até que o sol e a lua cessassem de existir e Virupa concordou. Em sonhos Sovanatha revelou ao Rei Candradeva de Tishala no oeste da Índia que o rei deveria zelar para que todas as promessas feitas a Virupa fossem cumpridas. Se o rei não satisfizesse todas as promessas de Sovanatha em três meses, o seu reino seria conquistado. Vendo isso no sonho, o rei assustado apressou-se a fazer cumprir as promessas. Assim, o rei construiu um mosteiro à distância de meio dia de viagem de Sovanatha na região de Gujarat, rodeado de arbustos luxuriantes, quedas de água e terrenos cheios de flores. Cerca de cem monges instalaram-se lá. Ele proibiu a matança de cabras e búfalos, e tornou ilegal matar ou prejudicar qualquer animal. Com um misto de excitação e curiosidade, o rei ofereceu uma grande recepção a Virupa, cujos poderes podiam assustar até Mahadeva. 

   Por esta altura, Virupa tinha dado os 'Versos Vajra' ao seu discípulo Krishnacharin, que ainda não tinha atingido realização igual à da atingida por Virupa, e abençoou-o com este nível de realização. Ele pediu então a Krishnacharin que cumprisse as seguintes três tarefas principais:  1. Subjugar o mau rei Hindu do leste da Índia  2. Aceitar Acharya Damarupa como seu discípulo e passar o conhecimento da linhagem sussurrada para ele; e 3. Trazer as cinco escrituras dos 'Versos Vajra' de Uddiyana para o oeste. 
 

Morte Misteriosa


   Existem duas versões da morte de Virupa. Alguns dizem que ele se dissolveu numa imagem de pedra, outros dizem que ele se transformou numa estátua de pedra. A mão direita da estátua fazia o gesto de segurar o sol, enquanto que a esquerda, em gesto de dar a suprema realização, segurava um recipiente com uma pedra dourada capaz de transmutar todos os metais de base em ouro. Diz-se que a pedra dourada tinha o tamanho de uma arura (fruta) de tamanho médio. Há muitas lendas sobre esta estátua de pedra. Diz-se que:   1.  Quem se aproximar dela respeitosamente, até mesmo uma criancinha, poderá chegar tão alto que lhe seja possível pôr grinaldas de flores no seu pescoço; 
2.  Quem se aproximar dela de forma desrespeitosa, mesmo a pessoa mais alta, não chegará tão alto que lhe seja possível pôr seja o que for na estátua; 
3. Em frente da imagem há um copo em forma de caveira, feito em pedra, que nunca transborda, mesmo que se despejem nele centenas e milhares de jarros de vinho; 
4.  Há um rapaz mudo à frente da imagem que se crê ser a emanação de Vajrapani; 
5.  Há uma manifestação de Vajra Varahi em frente da imagem que aparece 
alternadamente como uma leprosa ou uma menina muda. 

   Diz-se que, a pedido de um Brahmin, Virupa (que se transformou numa estátua de pedra) deu a pedra dourada ao Brahmin que, subsequentemente, fez imenso ouro. Quando o rei daquele lugar soube das notícias, tentou roubar o Brahmin. O Brahmin devolveu apressadamente a pedra dourada e disse ao rei, ''Como ela não me pertence, não te posso dar. Devolvi-a à mão do seu proprietário. Podes lá ir e obtê-la das suas mãos, se a quiseres.'' A estátua fechou o punho e não deu a pedra ao rei. O rei, frustrado no deu intento ganancioso, ordenou aos seus homens que decepassem a mão da imagem. Todavia, o homem que tentou fazê-lo, vomitou sangue e morreu de imediato. A seguir a este incidente, as pessoas que moravam na zona começaram a temer que a estátua de pedra lhes fizesse mal. Por isso, cobriram a estátua com ouro obtido fazendo passar arames através dos seus dedos. Este tornou-se o lugar de culto mais sagrado para Budistas e não-Budistas. Ficou conhecido como Punyahara, o ladrão de méritos para os não-Budistas, e Shri Balanatha, o glorioso senhor do Poder para os Budistas. O deus Hindu Kumara Karttika ficou preso ao dever de cuidar das oferendas à imagem sagrada. Diz-se que este santuário de Sovanatha fica no distrito de Saurastra no moderno estado da Índia ocidental, Gujarat. 

Datação de Virupa
     Diz-se que Aryadeva foi discípulo de Nagarjuna no último período de vida de Nagarjuna. Virupa disse ter sido discípulo de Aryadeva. O Canon Budista Chinês sustenta que foi por tradição oral entre Lamas que, antes de Virupa ter sido expulso de Nalanda, Virupa escreveu um comentário sobre o ''Catusataka'' de Aryadeva. Também se afirma em numerosos textos Lamdre que Virupa foi um discípulo de Asanga. Asanga viveu 900 anos depois do Mahaparinirvana de Buda até à idade de cento e cinquenta anos. Diz-se que Shantaraksita, que viveu no século VIII, foi discípulo de Virupa. 
 

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Rodrigo Correa - Terapeuta Holístico - CRT 32.770
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Terapia Corporal (Shiatsu), Florais, Reiki Master Usui, Osho e Tibetano, Ngal So Chag Wang Reiki, Pujas de Purificação e Práticas de Meditação Vajrayana.

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segunda-feira, 9 de maio de 2011

PRAÇA FLORIDA DE LIVROS Release







Amigos,
Segue para conhecimento e divulgação, release com a programação completa da Praça Florida de Livros.
Divulguem e participem.
Beijocas. Bernadete
 

Praça Florida de Livros vai cobrir a Cidade Imperial com cultura e espiritualidade

Evento ocorre de 7 a 14 de maio em vários pontos de Petrópolis

 

            Mostrar o que os espíritas têm a dizer sobre assuntos da atualidade, apresentar a força e a beleza das idéias espíritas e por que tudo ganha um enfoque renovado quando interpretado à luz da imortalidade da alma. Tudo isso por meio de palestras, mesas-redondas, filmes e peças teatrais. Estes são os objetivos da Praça Florida de Livros, evento que, em sua segunda edição, mobiliza os centros espíritas de Petrópolis, que estarão na Praça Dom Pedro, no Theatro Dom Pedro e no Centro de Cultura Raul de Leoni, de 7 a 14 de maio, levando à população o pensamento cristão sob a ótica da Doutrina Espírita, codificada em meados do século 19 pelo professor e pesquisador francês Allan Kardec.

            O movimento espírita petropolitano vem se destacando por sempre promover eventos públicos e participativos, chamando a população a conhecer não só os cinco livros publicados por Kardec, as chamadas Obras Básicas –  "O Livros dos Espíritos", "O Livro dos Médiuns", "O Evangelho Segundo o Espiritismo", "O Céu e o Inferno" e "A Gênese" –, mas também as obras psicografadas por médiuns como o mineiro Chico Xavier, o baiano Divaldo Pereira Franco e os fluminenses José Raul Teixeira e Yvonne Pereira. Todas elas mostrando que a vida prossegue além da morte do corpo físico, que encontraremos do lado de lá o resultado do que fizemos aqui e que teremos, ainda, várias oportunidades de voltar ao planeta Terra para desenvolvermos potencialidades, acertarmos as contas com desafetos e aprendermos a viver de forma mais plena e feliz, amando ao próximo e a nós mesmos, como preconizou Jesus Cristo, o espírito mais perfeito que passou pelo planeta e exemplo a ser seguido por todas as pessoas, de acordo com o Espiritismo. Além disso, Petrópolis foi a primeira cidade a instituir, por decreto oficial, o dia 18 de abril (data da publicação de "O Livro dos Espíritos", primeira das Obras Básicas) como o Dia do Espírita, iniciativa que vem sendo copiada por várias outras cidades, mostrando ser o Brasil um país onde todas as correntes religiosas convivem de forma pacífica e integrada.

            A Praça Florida de Livros conta com a participação de todos os centros espíritas adesos ao 3º Conselho Espírita de Unificação (CEU) A entrada é franca e aberta a todas as pessoas. Além da programação abaixo, haverá exposição, venda e troca de livros espíritas na Praça Dom Pedro, sempre das 11h às 21h.

7 de maio, sábado

 

17h - Palestra inaugural: Literatura espírita e educação do espírito, com o educador e escritor Lydiênio Barreto de Menezes (Nilópolis, RJ), autor do livro "A educação à luz do Espiritismo".

18h30 - Apresentação da peça teatral "Mensageiro da bondade", com o Grupo Crisálida (Rio de Janeiro, RJ).

Local: União Municipal Espírita de Petrópolis (Umep), Rua Casimiro de Abreu, 295/A, Centro.

 

9 de maio, segunda-feira

 

9h - Oficina de recursos auxiliares para educação infantil, com o assistente social Laell Rocha, do Ponto de Cultura.

9h - Seminário: Bullying escolar, com o jornalista e escritor João Pedro Roriz (Rio de Janeiro, RJ).

14h - Painel: Amar ao próximo como a si mesmo: assistência e promoção social – gestão e articulação para políticas públicas eficientes, com o assistente social Laell Rocha e a graduanda em assistência social Elsie-Ellen Carvalho.

17h30 - Painel: O jovem espírita quer saber, com os organizadores e escritores do livro homônimo, lançado recentemente pela Editora Lorenz.

19h30 - Palestra: Transição planetária, com o engenheiro Carlos Henrique Coutinho.

 

Local: Centro de Cultura Raul de Leoni, Praça Visconde de Mauá, 305, Centro (Cine Humberto Mauro e Teatro Afonso Arinos).

 

10 de maio, terça-feira

 

9h - Seminário: Educação infantil e espiritualidade – mediando conflitos, com a educadora Lucia Moysés (Rio de Janeiro, RJ).

10h - Painel: Dependência química, com as psicólogas Leandra Iglesias e Glória Rodrigues.

15h - Cinema com bate-papo. Filme: Nosso Lar, de Wagner de Assis, baseado na obra homônima psicografada pelo médium Chico Xavier. 

 

Local: Centro de Cultura Raul de Leoni, Praça Visconde de Mauá, 305, Centro (Cine Humberto Mauro e Teatro Afonso Arinos).

 

 

14h - Roteiro de amor à terra – Caminhada filosófica de vida cotidiana e sustentabilidade, com a educadora ambiental Maysa Henriques, do Instituto Estadual do Ambiente (Inea)

 

Ponto de partida: Escola Santo Antônio, Vale do Cuiabá.

 

 

 

20h - Palestra com o médium e professor José Raul Teixeira (Niterói, RJ), escritor homenageado da Praça Florida de Livros.

 

Local: Theatro D. Pedro. Praça dos Expedicionários, s/nº, Centro.

 

11 de maio, quarta-feira

 

9h - Leitura dramatizada da peça teatral "Enquanto o aeróbus não vem", do jornalista e publicitário Marcelo Teixeira. Com atores de Petrópolis. Em seguida, bate-papo com o autor. Coordenação: Regina Guimaraez.

10h - Painel: Sexualidade. Coordenação: 3º Conselho Espírita de Unificação (CEU)

14h - Espetáculo infanto-juvenil: Imaginação. Direção: Laell Rocha. Em seguida, bate-papo com diretor e bailarinos.

15h - Conversando sobre Espiritismo. Mediação: 3º CEU.

 

Local: Centro de Cultura Raul de Leoni, Praça Visconde de Mauá, 305, Centro (Cine Humberto Mauro e Teatro Afonso Arinos).

 

 

 

 

19h - Conversando sobre Espiritismo. Tema: A prece, com ambientação musical e equipe da Umep.

Theatro D. Pedro

20h - Palestra: Suicídio e suas consequências, com o escritor e expositor espírita Gerson Simões Monteiro (Rio de Janeiro, RJ).

 

Local: Theatro D. Pedro. Praça dos Expedicionários, s/nº, Centro.

 

Dia 12 de maio, quinta-feira

 

9h - Painel: Eutanásia. Coordenação: 3º CEU.

10h - Painel: Vida em família. Coordenação: 3º CEU.

14h - Oficina: Contando histórias para crianças hospitalizadas, com a educadora Alaíde Guedes.

15h - Cinema com bate-papo: Filme, Chico Xavier, de Daniel Filho.

19h - Palestra: A mulher nos Evangelhos, com o advogado Carlos Gama.

 

Local: Centro de Cultura Raul de Leoni, Praça Visconde de Mauá, 305, Centro (Cine Humberto Mauro e Teatro Afonso Arinos).

 

 

 

20h - Apresentação da peça teatral "Quero voltar para casa", de Flora Geny. Direção: Vagner Souza. Com a Cia. de Teatro da Umep.

 

Local: Theatro D. Pedro. Praça dos Expedicionários, s/nº, Centro.

 

Dia 13 de maio, sexta-feira

 

9h - Painel: Drogas: reflexos espirituais, com o professor espírita Olegário Versiani, químico toxicologista da Secretaria Nacional Anti-drogas de Brasília, DF.

10h - Painel: Aborto. Mediação: 3º CEU.

15h - Conversando sobre Espiritismo. Mediação: 3º CEU.

 

Local: Centro de Cultura Raul de Leoni, Praça Visconde de Mauá, 305, Centro (Cine Humberto Mauro e Teatro Afonso Arinos).

 

Dia 14 de maio, sábado

 

17h - Palestra de encerramento: Fraternidade para unir, com o professor espírita Olegário Versiani (Brasília, DF). 

 

Local: União Municipal Espírita de Petrópolis (Umep), Rua Casimiro de Abreu, 295/A, Centro. 

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